LUARA MACARI

SÃO PAULO (SP), 1999

 Entendendo a arte como uma ferramenta de leitura, assimilação e vivência das experiências do mundo, meu trabalho se constitui como um processo de articular diferentes materiais (óleo, acrílica, nanquim, foto, vídeo, palavra) para construir um raciocínio subjetivo e sensitivo acerca da negritude, ancestralidade, espiritualidade, performatividade e territorialidade que atravessam meu corpo diariamente.

Entre palavra, grafite, tinta, papel, câmera e tela venho investigando as relações, perceptíveis aos sentidos, que operam no momento em que disponho meu corpo à atividades de processos de criação. Mais especificamente no campo das visuais, desde meados de 2020, venho transpondo operação própria do campo da pintura, gravura, desenho e fotografia como ferramenta conceitual de investigação dos limites da técnica. Já no campo da literatura, desde 2018, venho desenvolvendo um trabalho de autoficção, através do qual, elaboro as vicissitudes de habitar um corpo marcado pela racialidade negra, pela cisgeneridade e pelas inúmeras contradições que se apresentam ao existir num país latinoamericano como o Brasil.

Como escritora, fiz parte da coletânea Narrativas Pretas (2020) que foi o resultado de um prêmio organizado, em 2019, pelo Sarau Das Pretas (coletivo de mulheres negras escritoras de São Paulo que organizam ações, saraus literários, oficinas e mais). Já em 2022, integrei a coletânea Sarau Brasil 2022, pelo programa Novos Poetas. Através do

programa, a editora Vivara Nacional faz um panorama de poetas de todo o Brasil que estão se inserindo no circuito da literatura nacional.

Em 2022, fui residente no Mirante Xique-Xique e no 3° programa de residência do Edifício Vera. Participei das coletivas Ser Abstrato (2023), Lateral Galeria; Todo Corpo é um Centro (2022), Diáspora Galeria; e, da Trânsito-tecido, Galpão 556.

 

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