MANUEL MESSIAS DOS SANTOS

Aracajú (SE), 1945 - Rio de Janeiro (RJ), 2001

Manuel Messias da Santos, artista plástico e xilogravador, dedicou-se principalmente à gravura, mas tendo também criado pinturas a base de óleo e giz pastel sobre tela, ao longo das décadas de 1960 a 1980. A sua carreira artística se iniciou em 1962, por meio de uma bolsa de estudos concedida pelo artista e professor Ivan Serpa para o curso “Análise Crítica” do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio). Ao longo das três décadas o artista desenvolveu uma estética singular dentro da arte brasileira, criando obras de grande impacto visual e com temas que circundam desde as subjetividades do artista para com o seu meio, até o contexto sócio-político da época perante a ditadura civil-militar brasileira.

Vale destacar algumas das exposições as quais Manuel Messias apresentou suas obras, sendo majoritariamente das séries Fome (1967), Nossa (1974) e Via-Sacra (1979), assim como outros trabalhos: I Bienal de Artes Plásticas da Bahia (1966) ;  17° Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM Rio (1968); “13 Brazilian Artists”, com curadoria de Abdias do Nascimento na Wesleyan University de Middletown, Connecticut, EUA (1970); Mostra da Gravura Brasileira, evento paralelo à III Bienal Nacional de São Paulo (1974). Como também a exposições póstumas “Manuel Messias: nas coleções Gutman e Kornis” (2011) na Caixa Cultural do Rio de Janeiro e “Manuel Messias – Sem Limites” (2025) no Instituto Tomie Ohtake.

Texto: Guilherme Fernandes