RENÉ LOUI

JUIZ DE FORA (MG), 1991

Em uma carreira artística independente, entendendo-me como artista visual e como artista das artes corpóreas, sempre permaneci imerso em núcleos artísticos, cuja principal perspectiva de criação fossem o conceito de diferenças, ligada ou não ao que é entendido como deficiência. Ambas as perspectivas me atraem. Estou interessado em entender o mundo através das diferenças. Me lançar rumo à outras maneiras de me relacionar com o mundo já faz parte das minhas provocações criativas habituais.

Nascido na cidade de Juiz de Fora (MG), em 1991, e residente da cidade de Natal (RN), René Loui, me entendendo enquanto artista transdisciplinar, sou mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2020) e bacharel Interdisciplinar em Artes e Design (2013) pela Universidade Federal de Juiz de Fora. 

Ao longo deste meu percurso enquanto artista independente, já participei de exposições, festivais e residências artísticas em grande parte do território brasileiro, bem como Equador, Portugal, França, Suíça e Índia. 

Percorrendo um caminho entre as linguagens da performance e da dança contemporânea, meu trabalho vem se desenvolvendo a partir de uma intensa pesquisa para entender e problematizar os espaços pré-determinados para artistas que de alguma forma abordam diferenças e deficiências. Este sempre foi, para mim, um ponto de partida justo para as questões levantadas no meu trabalho

Minha pesquisa se concentra em diferentes linguagens, como dança, performance, fotografia e audiovisual. Junto de Rozeane Oliveira, outra artista preta da dança, 

 fundei no ano de 2016 o CIDA – COLETIVO INDEPENDENTE  DEPENDENTE DE  ARTISTAS, um núcleo alternativo de dança contemporânea e performance, sediado na cidade de Natal / RN, quem tem como proposta artística expandir o universo da dança por meio de uma linguagem própria e experimental, utilizando os conceitos de  diferenças, experiências coletivizadas, práticas performativas e composição em tempo real como uma ferramenta para sensibilizar os outros através da arte.

A negritude explícita no meu trabalho refere-se, mesmo sem a necessidade de falar, especialmente sobre tudo o que vivenciei até agora, em um país cheio de preconceitos, onde ser negro ainda é uma barreira gigantesca. Meus universos criativos vão diretamente para o espaço existentes entre obra, artista e espectador.

Minha proposta em meu trabalho, além de uma alternativa de fuga momentânea das realidades que o Brasil nos dirige, é também destacar meus verdadeiros sentimentos, medos, dores, levando em consideração a relação efêmera do agora. 

A busca pela ressignificação do espaço é um lema para minhas criações e o espaço desenvolvido através das residências artísticas tem sido minha principal plataforma de experimentação.

Já recebi diversos prêmios, onde destacam-se o 8ª Rede Nacional de Artes Visuais – FUNARTE (2011), Edital CARNE FRESCA (2013), Klaus Vianna (2015), Edital Conexão Brasil Intercâmbios (2014/2015) e Overseas Culture Interchange (2016/2018).

 No ano de 2018 fui um dos artistas selecionados pela CAL – Casa de Cultura da América Latina e OEI – Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Residência Artística Internacional – OCA. 

Em dezembro de 2019, representei o Brasil como o único artista brasileiro selecionado para a quarta edição da Odisha Biennale, na Índia.

Em 2020, em parceria à Mainá Santana desenvolvi a minissérie de dança Plano de Abandono, selecionada pelo SEBRAE / RN – Economia Criativa, e  pelo Itaú Cultural – Arte como Respiro Múltiplos Editais de Emergência.

Com o espetáculo Maré, junto do Coletivo CIDA fui selecionado pelo pelo edital emergencial de cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, e também pelo   pelo Itaú Cultural – Arte como Respiro Múltiplos Editais de Emergência.

Para o ano de 2021, os planos são me lançar rumo a um doutorado em performance na Universidade de Montford, na Inglaterra.

NATAL(RN)

 

Site: https://reneloui.wixsite.com/reneloui

Instagram: https://www.instagram.com/rene_loui/