![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/programacao_novembro_capa_projeto-afro_-300x171.jpg)
PROJETO AFRO ASSINA CURADORIA DE PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA
por Projeto Afro
27 de outubro de 2020
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/programacao_novembro_capa_projeto-afro_-1024x585.jpg)
As atividades online serão realizadas pelas Oficinas Culturais de São Paulo
O Projeto Afro assina a curadoria de uma programação especial online no Mês da Consciência Negra realizada com as Oficinas Culturais de São Paulo. Entre os dias 04.11 e 07.12.2020, o público poderá participar de uma série de encontros, com foco nas mais diversas linguagens artísticas, ampliando a atuação do Projeto para além da plataforma online. As atividades acontecem ao longo do mês de novembro, continuando no início de dezembro.
A programação é dedicada às discussões de temas como Arte e Educação, Cultura e Sociedade, Literatura e Moda. Todos os eventos foram pensados a partir do protagonismo negro, com pesquisadores, agentes culturais e artistas que têm mobilizado as discussões que perpassam os temas propostos. A curadoria foi concebida pelo Projeto encabeçado pelo jornalista e pesquisador Deri Andrade.
O ciclo de seis debates, todos online, será inaugurado com o encontro “Entre Linhas e Pincéis: indumentárias na arte de autoria negra”, com a pesquisadora Hanayrá Negreiros e mediação de Deri Andrade, no dia 04.11, quarta-feira, das 19h30 às 20h30. A atividade destaca a estética de trabalhos de artistas mapeados/as/es pelo Projeto Afro, com foco na questão da indumentária presente nas obras.
“Circuito Digital: monumentos de São Paulo e o debate antirracista”, com o jornalista Guilherme Soares Dias, mediação de Deri Andrade, acontece no dia 10.11, terça-feira, das 19h30 às 20h30, e propõe um tour virtual pelos monumentos de São Paulo, levantando questões sobre o debate antirracista a partir de uma perspectiva sociocultural.
A atividade “Diálogos contemporâneos sobre arte e sociedade” será realizada em três encontros, com os pesquisadores Deri Andrade, Leonardo Fabri e Wallesandra Souza Rodrigues, nos dias 13, 20, Dia da Consciência Negra, e 27.11, sextas-feiras, das 19h30 às 20h30. Os encontros instigam o público ao debate de uma perspectiva das obras de artistas mapeados pelo Projeto, com temas como branquitude, genocídio da população negra e lugar da mulher negra na sociedade brasileira.
Já “Trilha histórica do Mês da Consciência Negra: os fatos que marcaram o movimento negro”, ministrado também por Deri Andrade e Leonardo Fabri, acontece no dia 25.11, quarta-feira, das 18h às 20h. O debate resgata alguns fatos importantes que culminaram com a criação do Dia da Consciência Negra no Brasil.
Entrando no mês de dezembro, no dia 04.12, sexta-feira, das 18h às 20h, é a vez da atividade “Literatura e fantasia negra: histórias de afeto e afrofuturismo”, com a empreendedora Ketty Valencio e a escritora Lu Ain-Zaila, mediação de Deri Andrade. A proposta debaterá sobre afrofuturismo na literatura a partir da obra de Ain-Zaila, apresentando importantes ações no campo literário, como a criação da Livraria Africanidades, de Valencio.
Fechando o ciclo, no dia 07.12, segunda-feira, das 18h às 20h, teremos “Encontros afro-diaspóricos: a performance como dispositivo dos saberes”, com a artista e curadora Ana Beatriz Almeida, mediação de Deri Andrade. A partir de uma perspectiva decolonial de transmissão de conhecimentos no campo da performance, a artista apresentará sua pesquisa sobre as tradições corporais negras das comunidades do Baba Egun e da Irmandade da Boa Morte.
A programação foi articulada em parceria com a tatu cult, consultoria criativa que busca respostas inesperadas para perguntas comuns. Para tanto, aplica boas práticas em inovação na diversificação de fontes de recursos e gestão de pessoas, encaradas como frentes complementares na construção sustentável da Economia Criativa. A parceria com o Projeto Afro é intrínseca ao propósito social da consultoria, que estabeleceu no cerne de sua criação a urgência no compartilhamento de soluções com projetos que visibilizem as minorias representativas.
Confira a programação completa abaixo:
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Hanayra-Negreiros-768x1024.jpg)
Hanayrá Negreiros. Foto: Felipe Torres/Divulgação
Entre linhas e pincéis: indumentárias na arte de autoria negra
com Hanayrá Negreiros, mediação Deri Andrade
O evento destaca a estética em trabalhos de alguns artistas negros/as/es mapeados pelo Projeto Afro, com foco na questão da indumentária presente nessas obras. A discussão abordará a pesquisa proposta por Hanayrá Negreiros, destacando a imagem da indumentária no resgate de importantes movimentos artísticos que perpassam os períodos históricos da luta negra.
04.11 – quarta-feira – 19h30 às 20h30
Atividade online
Inscrições: 21.10 a 02.11
Vagas: 50
Indicação: maiores de 18 anos
Link da inscrição
Hanayrá Negreiros é pesquisadora independente em Moda, História Cultural e práticas curatoriais e mestre em Ciência da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é professora convidada no MASP Escola e no Adelina Instituto e assina a coluna mensal Negras Maneiras na revista ELLE Brasil.
Circuito digital: monumentos de São Paulo e o debate antirracista
com Guilherme Soares Dias, mediação Deri Andrade
A atividade será realizada com um tour virtual pelos monumentos de São Paulo, começando pelo Monumento às Bandeiras (Parque Ibirapuera) e sua relação com a obra do artista Jaime Lauriano (mapeado no Projeto Afro), passando pela Estátua da Mãe Preta (Largo do Paissandú) e finalizando na estátua de Luiz Gama (Largo do Arouche), com a participação de Guilherme Soares Dias, jornalista do Guia Negro Viagens. Após o levante da luta antirracista, nos desdobramentos da morte do estadunidense George Floyd pela polícia dos EUA, as discussões e debates sobre racismo estrutural chegaram de vez nas redes sociais e nos canais de comunicação. O assassinato de Floyd despertou também uma onda de derrubadas de monumentos e estátuas, ditas racistas, em cidades ao redor do mundo. O encontro, ministrado por Guilherme Soares Dias, sugere debatermos os monumentos paulistanos de uma perspectiva sociocultural, trazendo a pauta para o debate com a participação ativa do público. Derrubar ou não derrubar as estátuas?
10.11 – terça-feira – 19h30 às 20h30
Atividade online
Inscrições: 21.10 a 08.11
Vagas: 50
Indicação: 14 anos
Link da inscrição
Guilherme Soares Dias, editor do site Guia Negro, é jornalista, empreendedor e amante de viagens. Fez uma viagem em 2016 por países dos cinco continentes, retratada no livro Dias pela Estrada. É sócio da Black Bird Viagem, escreve para veículos como Alma Preta, Revista Trip, Agora SP, UOL, além de programa de entrevista exibido no Youtube do Catraca Livre.
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Guilherme-Soares-Dias-1024x957.jpg)
Guilherme Soares Dias. Foto: Divulgação
Diálogos contemporâneos sobre arte e sociedade
com Deri Andrade, Leonardo Fabri e Wallesandra Souza Rodrigues
A atividade consiste num ciclo de três encontros nos quais, por meio de imagens de obras de arte pré- selecionadas, discutiremos as múltiplas dimensões das dinâmicas raciais no Brasil e suas repercussões nas mais variadas esferas da vida. As atividades foram pensadas para pesquisadores, artistas, educadores, criadores e público em geral, visando realizar uma mediação entre participantes e a temática étnico- racial. A arte visual, nesse contexto, funciona como o vetor para os inúmeros entendimentos do lugar social do negro no Brasil.
13 a 27.11 – sextas-feiras – 19h30 às 20h30
Atividade online
Inscrições: 21.10 a 11.11
Vagas: 50
Indicação: maiores de 18 anos
Link da inscrição
Deri Andrade, alagoano radicado em São Paulo, é jornalista (Centro Universitário Tiradentes – Unit), com especialização em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais pelo CELACC – Centro de Estudos Latino Americanos sobre Cultura e Comunicação (USP), onde aprofundou suas pesquisas sobre arte afro-brasileira. Desenvolveu a plataforma Projeto Afro, resultado de um mapeamento de artistas negros/as/es em âmbito nacional.
Leonardo Fabri é Mestrando em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas – EAESP FGV , Sociólogo e Cientista Político formado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP. Cursou Produção Cultural na Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP (inconcluso) e Arte Dramática no Senac Lapa Scipião. Atuou como pesquisador na Oxford University Press do Brasil, na Fundação Perseu Abramo, no Laboratório de Educação e no GVces. Como Relações Institucionais e produtor teve passagem pela Editora Boitempo, onde mantém uma coluna. Atualmente é Consultor no Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades – CEERT, concentrando suas pesquisas em desenvolvimento econômico, desigualdades estruturais, políticas públicas e ações afirmativas.
Wallesandra Souza Rodrigues é Cientista Social, graduada pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP e mestranda em Ciências Humanas e Sociais na Universidade Federal do ABC – UFABC. Pesquisadora no grupo Resistências: controle, memória e interseccionalidades da UFABC. Já atuou como professora voluntária de Sociologia em cursinho livre, educadora voluntária em roda de leitura em presídio feminino e coordenando projetos de impacto social no terceiro setor.
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Deri-Andrade-Leonardo-Fabri-Wallesandra-Souza-1024x585.jpg)
Deri Andrade, Leonardo Fabri e Wallesandra Souza Rodrigues. Fotos: Divulgação
Trilha histórica do mês da consciência negra: os fatos que marcaram o movimento negro
com Deri Andrade e Leonardo Fabri
Apresentação dos principais fatos históricos das últimas décadas, que culminaram no Mês da Consciência Negra no Brasil e na criação da data de 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, feriado em algumas cidades brasileiras. Leonardo Fabri, sociólogo e cientista político, e Deri Andrade, do Projeto Afro, debatem as datas, reativando a importância de lembrá-las para entendermos as atuais discussões sobre a luta antirracista, apresentando um panorama histórico e relevante dos fatos, relacionando com obras de alguns artistas mapeadas pelo Projeto Afro.
25.11 – quarta-feira – 18h às 20h
Atividade online
Inscrições: 22.10 a 16.11
Vagas: 100
Indicação: maiores de 16 anos
Link da inscrição
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Ketty-Valencio-e-Lu-Ain-Zaila-1024x768.jpg)
Ketty Valencio e Lu Ain-Zaila. Fotos: Divulgação
Literatura e fantasia negra: histórias de afeto e afrofuturismo
com Ketty Valencio e Lu Ain-Zaila, mediação Deri Andrade
A proposta sugere um debate sobre afrofuturismo na literatura, ao ponto que apresenta importantes ações no campo literário, como a criação da Livraria Africanidades, de Ketty Valencio. Além da empreendedora, o encontro terá a participação de Lu Ain-Zaila, escritora de livros que tratam de afrofuturismo, ficção e fantasia. Como a literatura pode ser uma importante catalizadora de ações efetivas no combate ao racismo? Em um momento em que o setor literário passa por uma difícil e real possibilidade de taxação de livros, o encontro torna-se ainda mais importante para repensar os rumos da área neste atual cenário.
04.12 – sexta-feira – 18h às 20h
Atividade online
Inscrições: 22.10 a 19.11
Vagas: 100
Indicação: maiores de 16 anos
Link da inscrição
Ketty Valencio é bibliotecária e livreira. Formada em Biblioteconomia pela FESPSP, possui especializações em Bens Culturais pela FGV/SP e em Gênero e Diversidade na Escola pela UNESP. Proprietária da Livraria Africanidades, empreendimento de pequeno porte nascido em 2013, com formato de loja virtual e física, que tem um acervo especializado em literatura negra e feminista.
Lu Ain-Zaila é Luciene de uma das periferias do Brasil. É pedagoga (UERJ). afrofuturista autopublicada. Lançou a Duologia Brasil 2408, composta por (In)Verdades e (R)Evolução (2016-2017), Sankofia: breves contos afrofuturistas (2018) e Ìségún (2019, Col. Universo Insólito, Monomito Editorial). Escreve sobre afrofuturos entre periferias metaforizadas ou não, mixando ancestralidades, cultura, mítica, realidades e história negra. Além de artigos, ensaios e pesquisas relacionadas.
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Ana-Beatriz_Oretratista_Nicolas-Soares_2020-682x1024.jpg)
Ana Beatriz Almeida. Foto do projeto “O Retratista” de Nicolas Soares
Encontros afro-diaspóricos: a performance como dispositivo dos saberes
com Ana Beatriz Almeida, mediação Deri Andrade
Evento fundamentado na promoção e fomento da tradição oral, a partir de uma perspectiva decolonial de transmissão de conhecimentos no campo da performance. A artista e curadora Ana Beatriz Almeida apresentará sua pesquisa nas tradições corporais negras das comunidades do Baba Egun e da Irmandade da Boa Morte. Desta forma, o encontro propõe um diálogo entre passado (saberes) e futuro.
07.12 – segunda-feira – 18h às 20h
Atividade online
Inscrições: 22.10 a 19.11
Vagas: 100
Indicação: maiores de 16 anos
Link da inscrição
Ana Beatriz Almeida é mestre em História e Estética da Arte pelo MAC / USP- Universidade de São Paulo. Co-fundadora da plataforma de arte 01.01, curadora, artista visual e historiadora da arte com foco nas manifestações africanas e da diáspora africana.
Novos eventos
Como parte da programação do Mês da Consciência Negra da cidade de São Paulo, o Projeto Afro tem o prazer de divulgar mais uma série de encontros online.
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Foto-Luciara-Ribeiro.jpg)
Luciara Ribeiro. Foto: Divulgação
Curadorias em disputa: quem são as curadoras e curadores negras, negros e indígenas brasileiros?
Com Luciara Ribeiro, mediação de Deri Andrade
O evento abordará a pesquisa de Luciara Ribeiro, que propõe um mapeamento de curadoras e curadores negras, negros e indígenas brasileiros. No Brasil, o debate sobre a formação, consolidação e definição dos diversos modos de curadorias, assim como quem são os profissionais que atuam na área, ainda requer aprofundamentos. Compreender quem faz curadoria hoje é um dado fundamental para repensar as artes, seus espaços e autorias. Entender que essas autorias não são neutras, e que elas são marcadas, por exemplo, por fatores sociais, como classe, gênero e as relações étnico-raciais, é uma urgência nas artes brasileiras. Mediação de Deri Andrade, do Projeto Afro.
24.11 – terça-feira – 19h às 21h
Atividade nline
Público: público em geral
Link do YouTube em breve
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Charlene-Bicalho-Thiago-Costa-1024x768-1024x768.jpg)
Charlene Bicalho. Foto: Joana Quironga. Thiago Costa. Foto: Divulgação
Curta-metragem e videoarte: o pequeno formato como discurso político no audiovisual
Com Charlene Bicalho e Thiago Costa
O encontro será guiado por uma exibição ao vivo de curta-metragens/vídeos dirigidos por Charlene Bicalho e Thiago Costa. Na sequência, os palestrantes debatem suas produções e as relações dos temas propostos nos dois trabalhos. Os convidados também falam sobre o formato dos vídeos, com foco na alcance político-social que ambas as peças visuais podem proporcionar nos mais diversos debates estéticos, de gênero e de raça. Mediação de Deri Andrade, do Projeto Afro.
26.11 – quinta-feira – 19h às 21h
Atividade nline
Público: artistas, curadores, pesquisadores, estudantes de cinema e artes e interessados em geral
Ao vivo no YouTube
![](https://projetoafro.com/wp-content/uploads/2020/10/Foto-Mirella-Maria-1024x684.png)
Mirella Maria. Foto: Divulgação
Projeto Afro para o futuro: a pedagogia anticolonial a partir da plataforma online
Com Mirella Maria, mediação de Deri Andrade
Proposta de uma aula aberta, com finalidade pedagógica, utilizando a plataforma do Projeto Afro enquanto recurso para o encontro, a pesquisadora e artista Mirella Maria abordará práticas decoloniais pedagógicas em trabalhos de artistas mulheres mapeadas pelo projeto. Mediação de Deri Andrade, do Projeto Afro.
28.11 – sábado – 15h às 17h
Atividade online
Público: professores, educadores e público em geral
Ao vivo no YouTube